O futuro e as inovações no setor do vestuário

O Fato Econômico Capixaba de julho aborda as principais tendências tecnológicas, sociais e de consumo que já estão influenciando e vão continuar modificando o setor do vestuário. Considerando essas mudanças e dada a relevância que esse setor tem para o desenvolvimento econômico do Espírito Santo, é muito importante antecipar como as empresas capixabas poderão se preparar para o futuro.

A partir das inovações, as empresas do mundo todo estão reestruturando seus modelos de produção e, dependendo do tipo da tecnologia, elas são encontradas em menor ou maior grau nas rotinas das fábricas. Entre elas estão: impressora 3D, Industrial Internet of Things e o Big Data. As tendências sociais e de consumo, por sua vez, influenciam os modelos de negócio e as interações nas cadeias de produção e venda, como o Fast Fashion 4.0 e o Slow Fashion que atendem aos diferentes tipos de consumidores.


As roupas tendem a incorporar cada vez mais dispositivos inteligentes

Inicialmente pensado nos atletas, as smartclothes, ou roupas inteligentes, têm o propósito de aproximar os sensores eletrônicos ao corpo humano de forma a coletar informações mais precisas sobre o desempenho físico desses atletas. Entretanto, as roupas tecnológicas também estão sendo desenvolvidas para outros segmentos; elas contêm sensores de movimento, termômetros e até mesmo monitor de eletrocardiograma que podem auxiliar nos cuidados especialmente de bebês e idosos. 

Além disso, cada vez mais está sendo difundida a comercialização dos dispositivos eletrônicos que podem ser incorporados às vestimentas, os quais são chamados de wearable technology, ou tecnologias vestíveis, como pulseiras, relógios e óculos. Um dos mais conhecidos dos consumidores é o smartwatch, que entre as funções estão o monitoramento do sono, dos batimentos cardíacos, as notificações de chamadas e mensagens de celular, os alarmes, e os monitores de esporte com GPS. Para além dos casos aplicados à saúde, as roupas inteligentes conectam-se com outros dispositivos, como os de música, de programação de cores dos tecidos via LED, e de realidade virtual - especialmente para os jogos eletrônicos desta modalidade. 

    Durante a identificação dos Setores Portadores de Futuro para o Espírito Santo, o setor de confecção, têxtil e calçado foi elencado como um dos setores estruturais que tem uma maior possibilidade de situar o Espírito Santo em uma posição econômica competitiva no horizonte temporal até 2035.

O setor do vestuário, que por décadas não viu muita evolução tecnológica nos seus produtos, hoje assiste as inovações invadirem, cada vez mais rápido, todos os seus espaços. Elas estão na fonte de matéria prima, no modo de produção, no produto ou serviço, na relação com o consumidor final e no modelo de negócio.

Veja mais sobre as tendências do setor vestuário na publicação completa do Fato Econômico Capixaba - Julho/2019.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Jordana Teatini

Economista pela UFJF, mestre em Economia pela UFES. Atua como Analista de Estudos e Pesquisa na Gerência de Estudos Econômicos, realizando análises conjunturais e pesquisas com foco nas áreas de Economia Industrial e Inovação.