Taxa de desocupação capixaba em 11,1% é estável no 1º trimestre de 2020

Desocupação

No primeiro trimestre de 2020, 238 mil pessoas estavam desocupadas no Espírito Santo. A taxa foi considerada estável pelo IBGE, tanto na comparação com o mesmo trimestre de 2019, quanto na comparação com o quarto trimestre de 2019 e ficou abaixo da taxa registrada para o Brasil.

No Brasil, a taxa de desocupação foi de 12,2%, o equivalente a 12,8 milhões de pessoas desempregadas, redução de 0,5 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2019, período em que a taxa estava em 12,7%. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a taxa aumentou em 1,3 p.p.. Este aumento é esperado, pois a taxa de desocupação do primeiro trimestre costuma ser maior do que a do último trimestre do ano anterior.

As maiores taxas de desocupação foram verificadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%) e Roraima (16,5%), e as menores em Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%). O Espírito Santo aparece na oitava posição entre os estados com menores taxas de desemprego (11,1%).

O total de pessoas que desistiram de procurar emprego, dito desalentadas, também foi considerado estável, tanto para o Espírito Santo quanto para o Brasil, estando cerca de 41 mil pessoas nesta situação no estado, perfazendo uma população de 4,7 milhões no Brasil.

Ocupação

O percentual de pessoas ocupadas sobre a população em idade de trabalhar, denominado nível de ocupação, foi de 57,5% no Espírito Santo nos primeiros três meses do ano, considerada estável em relação ao mesmo trimestre de 2019 e menor em 1,3 p.p. em relação ao quarto trimestre de 2019. No Brasil, este percentual foi de 53,5%, reduzindo em ambas bases de comparação, -0,4 p.p. e -1,6 p.p., respectivamente.

No Espírito Santo, nos primeiros três meses de 2020, na comparação com o primeiro trimestre de 2019, houve aumento de 14,6% no total de trabalhadores do setor público sem carteira e 12,3% no total de trabalhador por conta própria com CNPJ. Ainda no estado, o total de empregados no setor público com carteira reduziu em 23,4%.

Os setores de atividades que apresentaram maior crescimento no total de ocupados, na comparação com o mesmo trimestre de 2019, foram Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+8,6%); Alojamento e alimentação (+5,7%); Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+4,8%). Já os setores com as maiores reduções no número de ocupados foram Construção (-17,7%), Serviços domésticos (-2,1%) e Indústria geral (-1,1%).

O rendimento médio habitual do capixaba em todos os trabalhos foi de R$ 2.195, considerado estável tanto na comparação com o mesmo trimestre de 2019 quanto com o trimestre imediatamente anterior. A massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no estado foi de R$ 4.001 milhões, também considerada estável em ambas bases de comparação.

Informalidade

No Espírito Santo, 788 mil pessoas estavam na informalidade no primeiro trimestre de 2020, um percentual de 41,5% dos ocupados do estado. A taxa de informalidade capixaba reduziu 0,9 p.p na comparação do primeiro trimestre de 2019 (42,4%) e aumentou 1 p.p. na comparação com o quarto trimestre de 2019 (40,5%).

No Brasil a taxa ficou em 39,9%, um total 36,8 milhões de pessoas trabalhando na informalidade. Entre as unidades da federação, as maiores taxas de informalidade foram registradas no Pará (61,4%) e Maranhão (61,2%) e as menores em Santa Catarina (26,6%) e Distrito Federal (29,8%).


O IBGE divulgou em 15 de maio de 2020 os dados da Pnad Contínua referente ao primeiro trimestre de 2020. Pela pesquisa, que captou movimentações do mercado de trabalho nos três primeiros meses do ano, ainda não foi possível perceber fortemente o impacto da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho, uma vez que as ações de distanciamento social passaram a vigorar paulatinamente, a partir da segunda quinzena de março. É provável que variações mais fortes sejam captadas na pesquisa do segundo trimestre do ano.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Foi analista de pesquisas e ciências de dados na Oppen Social. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.