ES acumula redução de 26,9 mil postos formais no 1º semestre de 2020

No semestre marcado pelo início da pandemia da Covid-19 e pelas medidas de distanciamento social necessárias para a contenção do novo Coronavírus, o mercado de trabalho formal do Espírito Santo registrou saldo negativo de 26.930 postos celetistas. Com este resultado, o estado apresentou redução de 3,68% no total de emprego formal em relação ao total de emprego celetista registrado em 1º de janeiro de 2020.

O resultado de janeiro a junho mostra que emprego no setor de serviços foi o mais impactado - até por este ser o setor que mais emprega. O setor apresentou saldo negativo (-12.399) influenciado, principalmente, pelas atividades de alojamento e alimentação (-6.284), seguido pela redução do emprego formal nos setores do comércio (-10.439) e da indústria (-4.527). A partir de maio se observa uma recuperação do saldo de postos formais em relação aos dois meses anteriores. Esta movimentação foi observada tanto para o Espírito Santo quanto para o Brasil.

Saldo de postos formais de ocupações selecionadas, segundo atividades econômicas com mais postos formais fechados de janeiro a junho no Espírito Santo:

Serviços de alimentação: 
 • garçons, barmen, copeiros e sommeliers (-2.142)
 • cozinheiros (-920)

Comércio:
 • vendedores e demonstradores em lojas ou mercados (-5.755)

Indústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios:
 • operadores de máquinas para costura de peças do vestuário (-591)

Para mais informações, leia a Nota Conjuntural do Caged.

    Dentre os 26 municípios capixabas com mais de 30 mil habitantes, apenas seis registraram criação de postos formais no ano, com destaque para Itapemirim (+531) e Sooretama (+265).

No Brasil, no primeiro semestre do ano, o setor de serviços foi o que mais fechou postos formais (-507.708), seguido pelo comércio (-474.511), indústria geral (-246.593) e construção (-32.092). Apenas agropecuária apresentou saldo positivo no ano (+62.633).


Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Foi analista de pesquisas e ciências de dados na Oppen Social. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.