ES registra criação de 6.166 postos celetistas em agosto de 2020

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho divulgou nesta quarta-feira (30/09/2020) as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal do mês de agosto de 2020.

Após a intensa redução do emprego formal verificada nos meses de março a junho de 2020, reflexo das medidas de distanciamento social para combate à pandemia da Covid-19 e, com a flexibilização das medidas e retorno gradual das atividades econômicas, agosto foi segundo mês consecutivo em que o Espírito Santo apresentou saldo positivo de postos formais.

Em julho, o estado havia criado 2.750 novos postos de carteira assinada, já em agosto foram mais 6.166 postos celetistas abertos. Este resultado foi consequência de 24.463 admissões ante 18.297 desligamentos.

Mesmo com a retomada da criação de postos, o estoque de emprego formal em relação ao início de janeiro de 2020 ainda é 2,51% menor, e o estado acumula perda de 18.387 postos formais de janeiro a agosto de 2020.

O resultado de agosto também foi positivo para o Brasil. O país registrou a criação de 249.388 postos celetistas. Contudo, este resultado ainda não foi suficiente para recuperar a perda acumulada no ano, de 849.387 postos de carteira assinada.

Análise setorial

Em agosto, no Espírito Santo, todos os setores da economia apresentaram expansão do emprego formal, com exceção do setor de agropecuária que fechou 194 vagas celetistas no mês, relacionado, em maior medida, ao encerramento da colheita do café.

Pelo segundo mês seguido, a indústria geral foi destaque na criação de postos formais, abrindo 2.953 novos postos formais em agosto. Foram 2.860 novas vagas celetistas abertas na indústria de transformação. O saldo de postos formais foi positivo em 18 das 24 atividades da indústria de transformação capixaba. A expansão do emprego formal foi mais intensa nas indústrias de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+759), fabricação de minerais não-metálicos (+440), fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+368), fabricação de produtos de metal (+359) e fabricação de máquinas e equipamentos (+322).

No estado, o destaque também fica por conta do setor de construção. O setor segue com saldos positivos de postos formais desde junho e criou 1.388 novas vagas no mês de agosto.

O setor de serviços também voltou a contratar com mais força no Espírito Santo. Em agosto, o setor abriu 1.146 novas vagas celetistas. As atividades com maior expansão de postos foram os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+983) e transporte, armazenagem e correio (+355).

Já os serviços de educação, saúde humana e serviços sociais apresentaram fechamento de postos formais no mês (-109). Os serviços de alojamento e alimentação, atividade muito impactada pelas medidas de contenção à pandemia da Covid-19, embora em menor medida, fecharam postos formais (-71) pelo sexto mês seguido.

O setor de comércio, por sua vez, vem se recuperando e sustenta resultados positivos pelo segundo mês consecutivo, com abertura de 873 vagas formais em agosto.

Resultados municipais

Entre 25 municípios do Espírito Santo com mais de 30 mil habitantes, 19 apresentaram saldos positivos de postos formais em agosto. Os municípios que registraram os maiores saldos foram Serra (+1.871), Aracruz (+976), Linhares (+541), Vila Velha (+404) e Cachoeiro de Itapemirim (+383). 

No município de Serra, os setores que puxaram esta expansão do emprego foram o de construção (+739) e da indústria de transformação (+641). A indústria de transformação também foi responsável pela ampliação de vagas celetistas em Aracruz (+621), Linhares (+407), Cachoeiro de Itapemirim (+175) e Vila Velha (+107). Ainda em Vila Velha, as contratações no comércio (+110) também impulsionaram o emprego formal do município. Baixo Guandu foi o município com mais vagas fechadas no mês (-57).

    Acompanhe mês a mês, de forma dinâmica e interativa, a quantidade de empregados admitidos e desligados, além do saldo de postos de emprego com carteira assinada para o Espírito Santo e municípios do ES.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Foi analista de pesquisas e ciências de dados na Oppen Social. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.