Com menor desocupação entre os estados do Sudeste, ES tem aumento no rendimento médio dos trabalhadores

Os dados do 1º trimestre de 2022 refletiram uma continuidade da melhora do mercado de trabalho capixaba, verificado, sobretudo, na redução da taxa de desocupação. Adicionalmente, o rendimento médio dos trabalhadores cresceu em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o que não ocorria desde o 3º trimestre de 2020.

A taxa de desocupação no Espírito Santo vem apresentando contínua redução, desde o 3º trimestre de 2020 quando chegou a atingir 14,2%, por impacto das medidas de distanciamento social para controle da pandemia da Covid-19. Desde então, foram seis trimestres consecutivos de recuos, sendo que, no 1º trimestre de 2022, a taxa, em 9,2%, retornou ao mesmo nível do 4º trimestre de 2015.

No 1º trimestre do ano, foram 83 mil pessoas a menos sem emprego no estado, quando comparado ao 1º trimestre de 2021, o que representa um recuo de 29,8% no total de pessoas desocupadas no Espírito Santo.

Das pessoas desocupadas no 1º trimestre de 2022, 41,9% delas estavam desempregadas por um período de um mês a menos de um ano. Essa proporção já chegou a ser de 60,3% no pico da taxa de desocupação no 3º trimestre de 2020. A redução da parcela dos desempregados por um mês a menos de um ano, indica uma redução do período de desemprego daqueles que buscam trabalho, uma vez que a parcela daqueles que estavam desempregados a menos de 1 mês vem subindo.

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Outro bom indicador é o crescimento da população ocupada. Na comparação interanual, este crescimento vem sendo observado desde o 2º trimestre de 2021, fruto da recuperação dos postos perdidos durante o agravamento da pandemia, sendo puxado, inicialmente, pela alta das ocupações informais. Contudo, nos últimos trimestres são as ocupações formalizadas que impulsionaram o crescimento da ocupação. No estado, no 1º trimestre de 2022, houve aumentou de 4,4% da população ocupada frente ao 1º trimestre de 2021. Deste crescimento, 3,2 pontos percentuais (p.p.) corresponderam às ocupações formais, que ampliaram em 5,3% e 1,2 p.p. corresponderam às ocupações informais, que cresceram 3,1% em relação ao 1º trimestre de 2021.

Em uma análise setorial, a alta de 4,4% das ocupações foi resultado, principalmente, da ampliação das ocupações no setor de educação, saúde humana e serviços sociais que contribuiu com 1,4 p.p. no crescimento de 4,4% da ocupação, após ampliar em 12,8% o total de ocupados.

Também houve melhora no rendimento habitual médio de todos os trabalhos dos ocupados no Espírito Santo, o qual cresceu 1,0% em relação ao mesmo trimestre de 2021, estando em R$ 2.607. Esse aumento do rendimento médio para o Espírito Santo na comparação interanual não ocorria desde o 3º trimestre de 2020. Já para o Brasil, persiste a redução do rendimento de todos os trabalhos (-8,6%), o qual atingiu R$ 2.548 no 1º trimestre do ano.

Para mais informações a respeito do desempenho do mercado de trabalho capixaba no 1º trimestre de 2022, acesse aqui a Nota Conjuntural da Pnad-C.