Em julho, ES gera 2 mil postos de trabalho formal

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho divulgou nesta sexta-feira (21/08/2020) as informações do Novo Caged referente à movimentação do mercado de trabalho formal do mês de julho de 2020.

Após quatro meses, o Espírito Santo voltou a criar 2.005 postos de trabalho formal em julho, resultado de 20.368 admissões ante 18.363 desligamentos no mês. Este foi o primeiro saldo positivo no estado desde fevereiro, mês que antecedeu o início das medidas de distanciamento social para o combate ao novo coronavírus.

Nos sete primeiros meses de 2020, o estado acumulou um fechamento de 25.314 postos com carteira de trabalho assinada. Apenas nos meses de março a junho, quando estavam em vigor as medidas mais restritivas de distanciamento social para o combate do coronavírus, houve o encerramento de -31.158 vagas celetistas no Espírito Santo. Com esse resultado, o total de postos formais capixabas reduziu em 3,46% em relação a janeiro, registrando um total de 705.961 postos de carteira assinada em junho.

No Brasil também foi registrado uma expansão de 131.010 postos de trabalho, melhor resultado desde de fevereiro de 2020. Nesse sétimo mês do ano, 1.043.650 pessoas foram admitidas e outras 912.640 foram desligadas. No acumulado do ano de 2020, o país registrou a redução de -1.092.578 vagas celetistas.

Análise setorial

Em julho, novamente a indústria geral (+1.476) e a da construção (+928) foram os setores que mais geraram vagas de trabalho formais no Espírito Santo. Na indústria de transformação (+1.400), 16 das 23 atividades expandiram os postos formais nesse mês, e os principais destaques foram a manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+329), a fabricação de móveis (+260), a fabricação de minerais não-metálicos (+258) e a fabricação de produtos alimentícios (+174). 

O comércio capixaba também criou 316 vagas formais em julho.

A agricultura foi a atividade que mais destruiu vagas formais (-578) no Espírito Santo em julho. Apenas o cultivo do café registrou uma redução de 208 postos, reflexo do final do período de colheita desse grão. Outro destaque negativo nesse setor foi a diminuição de 163  empregos celestistas na criação de bovinos no estado.

O setor de serviços registrou um saldo negativo de -137 vagas, puxado pela redução de postos de trabalho nas atividades de alojamento e alimentação (-419), administração pública (-189) e atividades de organização associativas (-96). 

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, apenas o setor da construção (+937) registrou um saldo líquido positivo de postos formais no Espírito Santo. 


Resultados municipais

Entre 26 municípios do Espírito Santo com mais de 30 mil habitantes, 14 apresentaram saldos positivos de postos formais em julho. Os melhores resultados foram registrados em Serra (+914), Aracruz (+195), Linhares (+169), Cariacica (+161), Colatina (+136) e Cachoeiro de Itapemirim (+134). Em contrapartida, os municípios de Nova Venécia (-97), Vila Velha (-86) e Sooretama (-64) foram os que mais fecharam de vagas celetistas nesse mês.

No acumulado de janeiro a julho de 2020, apenas seis dos municípios com mais de 30 mil habitantes expandiram os postos formais de trabalho: Itapemirim (+508); Sooretama (+200); Alegre (+24); Castelo (+19); Afonso Cláudio (+8); e Baixo Guandú (+2).


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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Thais Mozer

Graduação em Ciências Econômicas e Mestrado em Economia pela UFES, na linha de pesquisa de Economia Industrial. Atua como Analista de Estudos e Pesquisas na Gerência de Estudos Econômico.