ES acumula redução de 25.819 postos formais nos primeiros cinco meses de 2020
O estado acumulou o fechamento de 25.819 postos de emprego formal, de janeiro a maio de 2020. Este foi o pior resultado da série histórica consultada a partir de 2007. Com isso, em maio, o Espírito Santo contava com 705.456 postos de carteira assinada, uma redução de 3,53% no total de vagas registradas em janeiro. Entre as unidades da federação, o Espírito Santo foi o décimo primeiro estado com maior redução de postos formais no ano.
O saldo líquido negativo de postos formais no ano foi influenciado pela forte redução de postos de emprego ocorrida em abril (-18.556), mês que revelou o maior impacto das medidas restritivas de funcionamento das atividades econômicas no mercado de trabalho formal. As medidas de restrição estavam relacionadas ao combate do novo coronavírus e foram adotadas a partir da segunda quinzena de março.
Em maio, iniciou-se a abertura gradual e alternada de algumas atividades econômicas antes suspensas, como o comércio, por exemplo. Neste mês foram fechados 6.827 postos celetistas, 37% a menos que o total encerrado em abril. Ainda assim, este foi o pior resultado para o mês na série consultada a partir de 2007. O mês de maio, que costuma ter saldo positivo de geração de emprego formal, só havia apresentado redução em 2015, ano em que fechou 2.101 vagas celetistas.
A redução de emprego de carteira assinada no ano foi mais intensa no setor de serviços (-11.391) e comércio (-9.733). Também a indústria geral sofreu com a baixas (-4.959), assim como o setor de construção (-485), apenas o setor agropecuário
ampliou postos celetistas no período (+749).
Grupos de ocupação com maior perda de postos celetistas:
Vendedores e prestadores de serviços do comércio (-6.484);
Trabalhadores dos serviços (-6.204), destes, principalmente aqueles ocupados em serviços de hotelaria e alimentação (-4.200).
O Brasil acumulou o fechamento de 1.144.875 vagas formais no ano, com redução de emprego nos setores de comércio (-446.584), serviços (-442.580), da indústria geral (-236.410) e construção (-44.647).
Atividades de alojamento e alimentação (-256.268) e da indústria de confecção de artigos de vestuário e acessórios (-48.896) foram algumas das mais afetadas.
03 Jul
notas conjunturais | caged-es (mai/2020) |
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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria
Suiani Febroni
Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.