ES cria 10,6 mil empregos formais nos dois primeiros meses de 2022

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho divulgou no dia 29 de março de 2022 as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal do mês de fevereiro de 2022.

PUBLICADO EM 11 Abr 2022

No Espírito Santo, a movimentação do mercado de trabalho formal no acumulado dos dois primeiros meses de 2022 resultou num saldo positivo de 10.686 postos com carteira assinada. Esse valor é a diferença entre os admitidos, que somaram 78.471, e os desligados, que totalizaram 67.785. Esse saldo é 11% menor quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Com as novas vagas geradas no ano, o Espírito Santo totalizou 784.488 vínculos formais de trabalho, o que representa crescimento de 0,91% em relação ao total de empregos registrados no final de 2021.

O mercado de trabalho formal brasileiro gerou 478.862 vagas no acumulado de janeiro e fevereiro de 2022. Apenas no mês de fevereiro, foram criados 328.507 empregos formais. Com as novas vagas, o Brasil atingiu estoque de postos formais de 41,2 milhões em fevereiro de 2022, 0,80% a mais que em janeiro e 1,18% superior ao registrado no final de 2021.

No acumulado em 2022, a criação de vagas foi observada em 25 das 27 unidades da federação. Entre os que abriram vagas, os destaques foram São Paulo (+142.513), Santa Catarina (+51.906) e Paraná (+47.804). Nessa lista, o Espírito Santo foi o 11º estado que mais criou postos em 2022.

Análise setorial

O crescimento do emprego no Espírito Santo no acumulado em 2022 foi impulsionado, sobretudo, pelos resultado do setor de serviços (+7.624), não obstante, construção (+2.643), indústria (+1.390) e agropecuária (+256) também influenciaram positivamente na abertura de vagas no estado. Por sua vez, o comércio encerrou postos no período (-1.227).

O setor de serviços foi influenciado positivamente em 2022, principalmente, pelas vagas criadas nas atividades administrativas e serviços complementares (+1.668), educação (+1.355) e saúde humana e serviços sociais (+1.082), que criaram mais de mil postos de trabalho formal cada.

Já o setor da construção se destacou não só por ser o segundo setor que mais abriu postos formais no acumulado em 2022, mas também por apresentar a maior variação positiva no total de vínculos em relação ao final de 2021, de 5,03%. O setor criou 2.643 vagas celetistas em janeiro e fevereiro de 2022, com seu sado positivo influenciado positivamente pelas contratações em serviços especializados para construção (+1.045) e obras de infraestrutura (+1.031).

Por sua vez, o resultado da indústria foi bastante influenciado pelo desempenho da indústria da transformação, que abriu 1.349 novos postos em 2022. Nesse período, entre as 23 atividades da indústria da transformação, 14 registraram abertura de vagas. Dentre elas, os maiores saldos positivos foram observados em fabricação de produtos de minerais não-metálicos (+579), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+399) e metalurgia (+246).

Municípios do ES

Na análise dos 25 municípios capixabas com mais de 30 mil habitantes, observa-se que, dentre eles, 21 abriram vagas formais no acumulado dos dois primeiros meses de 2022. Os municípios com o maior número de contratações no ano foram Vitória (+1.653), Serra (+1.519) e Aracruz (+1.168).

Em Vitória, o setor de serviços foi responsável pela abertura de praticamente todas as vagas no município ao criar 1.580 empregos formais. As atividades profissionais, científicas e técnicas (+551) e as atividades administrativas e serviços complementares (+430) foram as atividades do setor que mais impulsionaram essa criação.

Em contrapartida, encerraram vagas no acumulado em 2022 os municípios de Marataízes (-77), Santa Maria de Jetibá (-65), Conceição da Barra (-26) e Afonso Cláudio (-4).

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Bruno Novais

Graduado em economia pela UFES. Atua como analista de estudos e pesquisas na Gerência de Inteligência de Dados e Pesquisas. Responsável pela execução de pesquisas primárias, criação e manipulação de bases de dados, e no auxílio em estudos econômicos-conjunturais.