ES cria 3,7 mil empregos com carteira assinada em janeiro de 2022
O ministério do Trabalho e Previdência divulgou nesta quinta-feira (10/03/2022) as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de janeiro de 2022.
O mercado de trabalho capixaba registrou abertura de 3.680 postos formais em janeiro de 2022, resultado da movimentação entre 36.384 admitidos e 32.704 desligados. No acumulado dos últimos 12 meses, o Espírito Santo registrou sado positivo de 51.582 postos celetistas.
Com esse saldo, o incremento de empregos formais no Espírito Santo foi de 0,48% em relação ao registrado em 2021, totalizando 777.482 postos formais no estado em janeiro de 2022.
Para o Brasil, o resultado do mercado de trabalho formal em janeiro também foi positivo, de 155.178 novas vagas com carteira assinada. Em janeiro de 2022, foram 40,8 milhões de empregos formais, 0,38% superior ao total de 2021. No país, apenas 9 das 27 unidades da federação fecharam vagas formais. Entre as que contrataram, os destaques foram São Paulo (+48.355), Santa Catarina (+23.358) e Paraná (+18.351). O Espírito Santo ocupa a 8ª posição entre os estados que mais criaram empregos formais.
Análise setorial
O saldo positivo de empregos no ES em janeiro foi favorecido pelas contratações nos setores de serviços (+1.804), construção (+1.638) e indústria geral (+1.511). Em contrapartida, comércio (-1.099) e agropecuária (-174) encerraram postos no mês.
No setor de serviços, as atividades que mais contribuíram para o resultado positivo foram atividades administrativas e serviços complementares (+740), atividades profissionais, científicas e técnicas (+647) e saúde humana e serviços socais (+478). Já na construção, a atividade que mais criou postos foram os serviços especializados para construção (+934).
Na indústria geral, a indústria da transformação (+1.503) foi a principal responsável pela criação de vagas. Dentre as 23 atividades da indústria da transformação, 17 registraram abertura de vagas. Destas, as atividades que tiveram saldo positivo superior a 100 foram:
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Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+879);
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Fabricação de minerais não-metálicos (+304);
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Fabricação de produtos de metal (+152).
Municípios do ES
Entre os 25 municípios capixabas com mais de 30 mil habitantes, 15 criaram postos formais em janeiro de 2022. Os municípios que registraram os maiores saldos foram Aracruz (+1.239), Vitória (+577) e Vila Velha (+478). Em Aracruz, os setores da indústria (+671) e construção (+655) foram os principais responsáveis pela criação de novas vagas. Já em Vitória e Vila Velha, o setor de serviços contribuiu, em maior parte, no saldo positivo dos municípios, com abertura de 591 e 588 postos, respectivamente.
Por outro lado, em janeiro de 2022, Cariacica (-71) e Viana (-51) registraram as maiores perdas de empregos formais. Em Cariacica, a redução de vagas foi motivada, sobretudo, pelo saldo negativo de 86 vagas no comércio. Já em Viana, foi o setor de serviços (-85) que mais contribuiu para as perdas no mês.
Acompanhe mês a mês no painel abaixo, de forma dinâmica e interativa, a quantidade de empregados admitidos e desligados, além do saldo de postos de emprego com carteira assinada para o Espírito Santo e municípios do ES.
Diferenças metodológicas entre o Caged e o Novo Caged
De 1992 a 2019 as informações sobre o mercado de trabalho formal foram registradas e divulgadas como fonte pelo Caged. A partir de janeiro de 2020, estas passaram a ter como fonte o Novo Caged.
O Novo Caged conta com as informações do eSocial. O eSocial foi instituído em pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, com objetivo de concentrar em um único sistema diversas informações de empresas e trabalhadores, unificando registros fiscais, previdenciários e trabalhistas. Além do eSocial, o Novo Caged incorpora imputação de dados que vem do antigo Caged e do Web empregador, para complementar informação de desligamento. É, portanto, mais abrangente do que o Caged que só concentrava informações de admissões e desligamentos sob o regime CLT.
A captação de registros de admissões e desligamentos pelo Novo Caged passou a ter maior cobertura, dado que, além dos empregados sob o regime CLT, passou a cobrir os trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, agentes públicos, trabalhadores cedidos, dirigentes sindicais, contribuintes individuais e bolsistas. Estes não eram registrados no Caged ou a declaração era opcional, como a de vínculos temporários, o que para o Novo Caged passou a ser obrigatória. Com estas modificações, o volume das movimentações captadas pelo Novo Caged tende a ser maior. Estas diferenças de captação prejudicam a comparação da série ao longo do tempo, a qual deve ser realizada com as devidas ressalvas metodológicas.
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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria
Bruno Novais
Economista e mestrando em Economia pela UFES. Atua no Observatório da Indústria como Analista de Estudos e Pesquisas na Gerência de Estudos Estratégicos (GEE).