ES cria 6.982 novas vagas de emprego formal em setembro de 2020

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho divulgou nesta quinta-feira (29/10/2020) as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal do mês de setembro de 2020.

O saldo positivo de postos formais no estado foi resultado de 27.126 admissões ante 20.144 desligamentos. Setembro foi o terceiro mês consecutivo em que o Espírito Santo registrou saldo positivo de postos formais, após a intensa redução do emprego formal verificada nos meses de março a junho de 2020, reflexo das medidas de combate à pandemia da Covid-19.

Com a criação das 6.982 novas vagas de carteira assinada em setembro, o total de postos formais do estado ampliou em 0,98% em relação ao mês de agosto. Contudo, os resultados positivos dos três últimos meses não foram suficientes para superar a perda de postos celetistas no acumulado do ano. O saldo de postos formais de janeiro a setembro foi negativo em 11.432, uma redução de 1,56% do total de emprego formal registrado no início de 2020.

O resultado de setembro também foi positivo para o Brasil. O país registrou a criação de 313.564 postos celetistas. Mesmo com a tendência de recuperação de postos celetistas, o país ainda acumula a perda de 558.597 postos de carteira assinada no ano.

Análise setorial

A criação de postos formais no mês de setembro foi impulsionada pelas novas contratações nos setores de serviços (+1.950) e comércio (+1.937), os quais voltaram a contratar com mais força no mês, no Espírito Santo. A indústria, setor que mais contratou nos últimos dois meses, continuou a trajetória de abertura de postos celetistas, criando 1.742 vagas em setembro. A construção também registrou ampliação de 1.553 novas vagas. Apenas o setor de agropecuária registrou saldo negativo (-200), resultado típico para o mês, devido ao encerramento de algumas colheitas.

No setor de serviços, as atividades com abertura expressiva de vagas no mês foram os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+1.091) e de transporte armazenagem e correio (+472). Com o retorno gradual, as atividades de alojamento e alimentação voltaram a abrir novas vagas (+291) após seis meses seguidos de redução de postos.

Na indústria capixaba, o destaque foi a indústria de transformação que abriu 1.691 novas vagas celetistas em setembro. Das 24 atividades do setor, 21 delas expandiram postos de carteira assinada no mês. Destaque para as atividades de fabricação de produtos de minerais não-metálicos (+481) e fabricação de produtos de metal (+305).

No Brasil, a criação de emprego na indústria favoreceu o saldo positivo de postos formais em setembro ao criar 110.868 vagas de emprego formal no mês. Além da indústria, todos os demais setores apresentaram saldo positivo de postos formais em setembro, sejam serviços (+80.481), comércio (+69.239), construção (+45.249) e agropecuária (+7.751).

Municípios do ES

Entre os 25 municípios do Espírito Santo com mais de 30 mil habitantes, 24 apresentaram saldos positivos de postos formais em setembro. Os municípios que registraram os maiores saldos foram Serra (+2.258), Vitória (+986), Vila Velha (+953) e Cariacica (+534). Apenas Domingos Martins apresentou saldo negativo de postos formais no mês (-22).

No município de Serra, os setores que puxaram a expansão do emprego no mês foram o de construção (+746) e da indústria de transformação (+610). Em Vitória foram os setores de serviços (+512) e de comércio (+238) que impulsionaram a abertura de novas vagas. O mesmo ocorreu em Vila Velha, com os setores de serviços (+508) e comércio (+285) se destacando, e em Cariacica, com novas vagas criadas majoritariamente no comércio (+207) e nos serviços (+167).

    Acompanhe mês a mês, de forma dinâmica e interativa, a quantidade de empregados admitidos e desligados, além do saldo de postos de emprego com carteira assinada para o Espírito Santo e municípios do ES.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.