ES fechou 2018 com queda no desemprego e crescimento da massa salarial

O Espírito Santo fechou o último trimestre de 2018 com uma taxa de desocupação de 10,2%, queda de 1,4 pontos percentuais na comparação como o mesmo trimestre do ano anterior. 

O resultado mostra que o Espírito Santo foi um dos estados com maior redução na taxa de desocupação, sendo que a média brasileira no mesmo período foi de -0,2 pontos percentuais.

Na comparação com os demais estados da federação, o Espírito Santo  apresentou

a 11ª menor taxa de desocupação (10,2%), mas com um dos maiores avanços entre os estados na redução da taxa, na comparação com o 4º trimestre do ano anterior.

No Espírito Santo, os ocupados por posição na ocupação, no 4º trimestre de 2018, em sua maioria, eram empregados com carteira de trabalho assinada (36%), trabalhadores por conta própria (24,8%), seguido dos empregados sem carteira de trabalho assinada (17%). Na comparação com o mesmo período do ano anterior houve um aumento do número de pessoas empregadas sem carteira de 23,3% contra um aumento de apenas 0,2% de empregados com carteira de trabalho assinada.

A estimativa de pessoas na situação de informalidade, para o último trimestre de 2018, indicou que 42% dos ocupados no Espírito Santo estavam nesta situação. Este é o maior valor observado para o período, desde o início da pesquisa em 2012 e representa um aumento de 14%. Esses valores apontam que a queda da taxa de desocupação está relacionada ao aumento de ocupações informais no mercado de trabalho capixaba.

A massa salarial estimada em circulação na economia capixaba foi de R$ 4,06 bilhões, superior em 6,1% a massa em circulação estimada para o mesmo período do ano anterior. 

Para o Brasil esta variação foi de 2,2% (não estatisticamente significativa¹), estimada uma massa salarial de R$201,9 bilhões no quarto trimestre de 2018. Este acréscimo da massa salarial pode ser consequência do aumento da população ocupada no período (3,7%) em conjunto com a variação positiva do rendimento médio real em todos os trabalhos (2,4%), em menor proporção.

Ocupados por setor

Foram estimados 1,9 milhões de ocupados no 4º trimestre de 2018 no Espírito Santo. A maioria dos ocupados (55%) estavam trabalhando em atividades de comércio (19%), agricultura (14%), serviços de educação e saúde (11%) e indústria geral (11%).

Jovens

Os jovens foram os que apresentaram a maior dificuldade em encontrar uma ocupação. A taxa de desocupação entre pessoas de 18 a 29 anos no Espírito Santo chegou a 17,9%, superando em mais de duas vezes a taxa para a população de 30 a 59 anos (6,4%).
O número piora entre os que possuem menos qualificação, chegando a 24,2% quando se fala das pessoas que não completaram o ensino médio. A taxa de desocupação entre jovens com Ensino Superior completo ficou em 11,4%, maior que a de adultos de 30 a 59 anos de qualquer escolaridade, e maior em 2,5 p.p. que a de adultos sem instrução, que foi de 8,9%.


Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.