ES registra abertura de 6 mil vagas com carteira assinada em junho de 2021

PUBLICADO EM 29 Jul 2021

No dia 29 de julho de 2021, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho divulgou as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de junho de 2021.

Em junho de 2021, o mercado de trabalho formal capixaba registrou saldo positivo de 6.010 postos formais de trabalho, consequência da movimentação entre 32.850 admissões e 26.840 desligamentos. Com isso, a criação de novos postos formais no Espírito Santo no acumulado do primeiro semestre de 2021 foi de 30.042. Esse foi o sexto mês seguido com geração de novos empregos, mostrando a continuidade da recuperação da atividade econômica no estado.

Com a abertura de novas vagas em junho, o Espírito Santo totalizou estoque de 771.545 vínculos formais de trabalho, o que representa crescimento 0,79% em relação ao total de empregos registrados no mês de maio e de 4,05% na comparação com o total de postos formais no final de 2020. 

O mercado de trabalho formal brasileiro registrou em junho a abertura em 309.114 vagas com carteira assinada. No mês, foram registradas 1.601.001 admissões ante 1.291.887 desligamentos. Com isso, no acumulado dos seis primeiros meses do ano, o país registrou criação de 1.536.717 novas vagas e totalizou 40.899.685 postos celetistas em junho de 2021, ampliando em 3,90% o total de postos em comparação ao registrado no final de 2020. 

Análise setorial

No Espírito Santo, quatro dos cinco grandes setores de atividade econômica apresentaram resultado positivo em junho. Apenas agricultura (-413) fechou postos formais no mês, enquanto foi observada geração de empregos nos serviços (+2.856), no comércio (+1.658), na indústria geral (+1.400) e na construção (+509).

O setor de serviços foi beneficiado pelas novas contratações em atividades administrativas e serviços complementares (+777), transporte, armazenamento e correio (+428) e alojamento e alimentação (+398). 

Municípios do ES

Entre os 25 municípios do Espírito Santo com mais de 30 mil habitantes, 19 apresentaram saldos positivos de postos formais em junho. Os maiores saldos foram registrados nos municípios de Vitória (+1.266), Serra (+1.162), Aracruz (+812) e Vila Velha (+558). Em contrapartida, fecharam mais vagas no mês Sooretama (-171), São Mateus (-82) e Nova Venécia (-36).

Informações mais detalhadas a respeito do desempenho setorial tanto para o total do Espírito Santo quanto para os municípios do ES não foram disponibilizadas no painel do Ministério da Economia, mas constarão na Nota Conjuntural do Caged a ser divulgada na próxima semana.

Acompanhe mês a mês no painel abaixo, de forma dinâmica e interativa, a quantidade de empregados admitidos e desligados, além do saldo de postos de emprego com carteira assinada para o Espírito Santo e municípios do ES.


Nota: O Novo Caged capta as movimentações do emprego formal a partir de janeiro de 2020 em substituição ao Caged. Em comparações temporais as diferenças metodológicas entre a série nova e a antiga devem ser ressaltadas. Mais informações no quadro abaixo do painel.


Diferenças metodológicas entre o Caged e o Novo Caged

De 1992 a 2019 as informações sobre o mercado de trabalho formal foram registradas e divulgadas como fonte pelo Caged. A partir de janeiro de 2020, estas passaram a ter como fonte o Novo Caged.

O Novo Caged conta com as informações do eSocial. O eSocial foi instituído em pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, com objetivo de concentrar em um único sistema diversas informações de empresas e trabalhadores, unificando registros fiscais, previdenciários e trabalhistas. Além do eSocial, o Novo Caged incorpora imputação de dados que vem do antigo Caged e do Web empregador, para complementar informação de desligamento. É, portanto, mais abrangente do que o Caged que só concentrava informações de admissões e desligamentos sob o regime CLT.

A captação de registros de admissões e desligamentos pelo Novo Caged passou a ter maior cobertura, dado que, além dos empregados sob o regime CLT, passou a cobrir os trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, agentes públicos, trabalhadores cedidos, dirigentes sindicais, contribuintes individuais e bolsistas. Estes não eram registrados no Caged ou a declaração era opcional, como a de vínculos temporários, o que para o Novo Caged passou a ser obrigatória. Com estas modificações, o volume das movimentações captadas pelo Novo Caged tende a ser maior. Estas diferenças de captação prejudicam a comparação da série ao longo do tempo, a qual deve ser realizada com as devidas ressalvas metodológicas.

 

 

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Bruno Novais

Graduado em economia pela UFES. Atua como analista de estudos e pesquisas na Gerência de Inteligência de Dados e Pesquisas. Responsável pela execução de pesquisas primárias, criação e manipulação de bases de dados, e no auxílio em estudos econômicos-conjunturais.