IAE-Findes aponta crescimento no setor de serviços, agropecuária e segmentos industriais do ES no 3º trimestre de 2022

Resultados do desempenho econômico do Espírito Santo calculados pelo Observatório da Indústria foram conhecidos nessa quarta-feira, 14 de dezembro

PUBLICADO EM 14 Dez 2022

O 3º trimestre de 2022 foi marcado por uma melhora de alguns parâmetros macroeconômicos brasileiros, face ao cenário observado no início do ano. O nível de desemprego recuou tanto no Brasil, quanto no Espírito Santo, enquanto a inflação ao consumidor registrou trajetória de desaceleração. Ainda no 3º trimestre, diversas medidas de incremento de renda foram adotadas pelo governo federal, incluindo o aumento da parcela média do Auxílio Brasil. Contudo, o cenário internacional seguiu desafiador no período, provocando uma resistência ao aumento de demanda externa por commodities e demais insumos industriais.

Neste contexto, no acumulado do 1º ao 3º trimestre do ano, a economia do ES avançou 2,6% frente ao mesmo período de 2021, em linha com o crescimento do PIB brasileiro (3,2%).

Embora a indústria geral do Espírito Santo tenha acumulado queda de 4,6% do 1º ao 3º trimestre do ano – devido, principalmente, aos recuos nas atividades extrativas (-22,4%) –, algumas atividades industriais locais se destacaram no estado no período, como energia e saneamento (6,8%), construção (16,3%) e, dentro da indústria de transformação, o segmento de fabricação de papel e celulose (15,7%).

Especificamente sobre o ramo de papel e celulose, essa atividade também registrou variações positivas para o mesmo período em 2020 (5,6%) e 2021 (18,4%), totalizando assim, 3 crescimentos consecutivos nesta análise interanual.

Ainda em termos de crescimento, o setor de serviços do estado acumulou alta de 5,0% no período puxado, sobretudo, pelas atividades que compõem os demais serviços (6,3%). Mas também vale ressaltar que as outras duas atividades que compõem o setor, o comércio e o transporte ampliaram 2,2% e 2,0%, respectivamente, até o 3º trimestre do ano.

Já a agropecuária capixaba ampliou 11,3%, influenciada pela expansão de 15,4% na agricultura, impulsionada pelo aumento na cafeicultura. Por sua vez, a pecuária registrou comportamento negativo de 2,3% no período.

Em outras análises comparativas, a economia do Espírito Santo apresentou quedas, a depender do grau de recuo na indústria (mesmo com avanços pontuais dentro das atividades), que se sobrepôs aos avanços tanto no setor de serviços, quanto na agropecuária.

Confira os resultados setoriais mais detalhados acessando a íntegra do Relatório do IAE-Findes.

Veja também os resultados do IAE-Findes em painel dinâmico no Painel de Economia do Observatório da Indústria.

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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Jordana Teatini

Economista pela UFJF, mestre em Economia pela UFES. Atua como Analista de Estudos e Pesquisa na Gerência de Estudos Econômicos, realizando análises conjunturais e pesquisas com foco nas áreas de Economia Industrial e Inovação.