Mulheres na Tecnologia: Trajetórias educacionais e desafios

PUBLICADO EM 02 Ago 2024

Nessa edição do Educação em Foco, exploramos as trajetórias e desafios enfrentados pelas mulheres na tecnologia, do processo educacional à inserção no mercado de trabalho, com um olhar especial sobre o panorama brasileiro.

Estudo da Unesco (2024) aponta que, no mundo, as mulheres representam atualmente apenas 35% dos graduados nas ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) e somente um quarto dos empregados nessa área.

No Brasil, o cenário é semelhante. Segundo dados do Censo da Educação Superior, em 2022, apesar das mulheres representarem 57,5% das matrículas no ensino superior do país, eram minoria nos cursos relacionados à STEM, especialmente nas áreas de computação e tecnologia da informação (TIC) (18%) e engenharia, produção e construção (32%). Além disso, segundo dados da RAIS, em 2022 a participação feminina nas ocupações da STEM era de 27%.

Esses resultados podem ser associados aos diferentes estímulos recebidos durante o processo de aprendizagem e à pouca representação feminina em áreas voltadas para as ciências exatas. A OCDE (2023) ressalta que, desde a fase escolar, as meninas tendem a se sentir mais ansiosas e menos habilidosas para realizar atividades de matemática e ciências, o que afeta seu desempenho nessas competências, suas decisões educacionais e sua atuação futura no mercado de trabalho.

Levando em conta o rápido avanço das tecnologias e elevada demanda de profissionais da STEM, é importante estimular desde cedo o interesse de meninas nessa área e a qualificação e inserção das mulheres nas profissões científicas e tecnológicas. Para isso, é necessário a implementação de iniciativas que busquem mitigar os desequilíbrios de gênero e assegurar para a população feminina formações mais condizentes com o futuro do mercado de trabalho.

Além dos benefícios individuais em termos de oportunidades profissionais, a inserção das mulheres na comunidade tecnológica beneficia coletivamente a sociedade ao contribuir para o desenvolvimento de tecnologias com menor viés de gênero e para o avanço científico e da capacidade de inovação do país.

Ficou interessado e quer aprofundar seus conhecimentos sobre o tema? Convidamos você a ler essa edição do Educação em Foco e explorar conosco algumas perspectivas sobre a inserção das mulheres na tecnologia.

Leia esta edição do Educação em Foco clicando aqui.

Boa leitura!

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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Libania Araújo Silva

Graduada em Ciências Econômicas pela UEFS, mestre em Economia pela UFS e doutoranda em Economia pela UFJF. Possui experiência em pesquisas relacionadas à economia regional, economia do trabalho e economia da educação. Atua como Especialista na Gerência de Inteligência de Dados e Pesquisas.