No ES, taxa de desocupação fica estável em 12,3%, com queda de 9,7% no total de ocupados

Desocupação

No trimestre marcado pelo adoção de medidas restritivas para contenção da pandemia da Covid-19, o Espírito Santo registrou a décima menor taxa de desocupação entre as unidades da federação (12,3%). A taxa de desocupação do estado, em 12,3%, foi considerada estável pelo o IBGE, tanto na variação contra o trimestre imediatamente anterior (+1,2 ponto percentual) quanto na variação contra o mesmo trimestre do ano anterior (+1,4 ponto percentual). A taxa de desocupação do Brasil ficou em 13,3% no trimestre, com alta de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 e de 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Santa Catarina se manteve como estado com menor taxa de desocupação (6,9%), seguido por Pará (9,1%) e pelo Rio Grande do Sul (9,4%). Já os estados com maiores taxas de desocupação foram Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%) e Alagoas (17,8%).

No Espírito Santo, 56,5% da população desocupada no segundo trimestre do ano estava à procura de trabalho num período de tempo superior a um mês e inferior a 1 ano. Entre os jovens de 18 a 29 anos, a taxa de desocupação ficou em 24,0% - o dobro da estimada para o total da população (12,3%), sendo mais expressiva entre aqueles com ensino fundamental completo (35,1%). No total da população, a taxa de desocupação foi maior entre aqueles com ensino médio incompleto (25,0%).

Entre as mulheres, a taxa de desocupação permaneceu mais alta, em 14,1%, estando em 10,8% entre os homens, no segundo trimestre de 2020.

Ocupação

Com a redução no total de ocupados em 9,7%, na comparação com o segundo trimestre de 2019, a contração do total de ocupados foi mais intensa entre as posições relacionadas à informalidade, tais como trabalhador doméstico sem carteira (-29,4%), ocupados no setor privado sem carteira (-29,2%) e conta própria sem CNPJ (-17,6%).


A contração da população ocupada em 9,7%, passando de 1,95 milhão para 1,76 milhão de pessoas no Espírito Santo, resultou da redução da população em ocupações informais, que respondeu por 8 pontos percentuais da queda de 9,7% do total de ocupados. O percentual de informais no 2º trimestre de 2019 era de 42,1% e caiu para 37,0% no 2º trimestre de 2020, um total de 651 mil pessoas em ocupações informais no estado.

A redução de ocupados informais foi mais intensa nos setores de construção (-40,4%), alojamento e alimentação (-34,5%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-30,7%), serviços domésticos (-29,0%), educação, saúde humana e serviços sociais (-27,1%), comércio (21,1%) e outros serviços (-19,0%).

Dos empregados com carteira de trabalho no setor privado, observou-se a redução desta categoria no segundo trimestre de 2020 em relação ao igual trimestre de 2019, interrompendo a recuperação observada a partir do primeiro trimestre de 2019. A redução foi mais intensa no Brasil (-9,2%) do que a verificada para o estado (-7,8%).

As informações são da pesquisa amostral Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE em 28 de agosto de 2020, com dados referentes ao segundo trimestre de 2020. Outras análises estão disponíveis na Nota Conjuntural da Pnad-C.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.