No ES, taxa de desocupação ficou em 9,2% no 1º trimestre de 2022

O IBGE divulgou em 13 de maio de 2022 o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua) para o Espírito Santo, referente aos meses de janeiro, fevereiro e março de 20212

PUBLICADO EM 13 Mai 2022

Desocupação 

No 1º trimestre de 2022, a taxa de desocupação no Espírito Santo foi de 9,2%, redução de 3,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao primeiro trimestre de 2021 e de 0,6 p.p. frente ao 4º trimestre de 2021, considerada estável. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a taxa chegou ao sexto recuo consecutivo após atingir o 14,2% no 3º trimestre de 2020, momento em que o mercado de trabalho foi muito impactado pelas medidas de distanciamento social para o combate da Covid-19.

Entre os estados, o Espírito Santo foi o 9º com menor taxa de desocupação, melhorando sua posição frente ao trimestre anterior, em que ocupava a 11ª posição. No 1º trimestre de 2022, a menor taxa de desocupação foi registrada em Santa Catarina (4,5%), enquanto a maior foi registrada na Bahia (17,6%). Para o Brasil, a taxa de desocupação atingiu 11,1% no 1º trimestre de 2022, igual valor registrado no trimestre anterior, e valor 3,8 p.p. abaixo do 1º trimestre de 2021.

A taxa de subutilização¹ da força de trabalho, que considera as pessoas desocupadas, subocupadas e na força de trabalho potencial, diminuiu 6,5 p.p. no 1º trimestre de 2022, em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior e registrou 18,2%. Com esse recuo, a taxa de subutilização do Espírito Santo atingiu o seu menor valor desde o 4º trimestre de 2018 (18,0%). Para o Brasil, também na comparação interanual, a taxa de subutilização teve um recuo praticamente igual (-6,4 p.p.), mas a taxa é superior à do estado (23,2%).

Ocupação

No Espírito Santo, o nível da ocupação (ocupados sobre a população em idade ativa) ficou em 57,9% no 1º trimestre de 2022, apresentando estabilidade em relação ao mesmo trimestre de 2021 e em relação ao 4º trimestre do ano anterior.

Já o total de pessoas ocupadas no estado cresceu 4,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Este crescimento foi mais intenso nas ocupações de empregadores sem CNPJ (+69,1%) e trabalhador doméstico com carteira (+52,0%). Em relação aos setores que mais ampliaram o número de ocupados no estado na comparação interanual, destacam-se os serviços de transporte, armazenagem e correio (+21,3%), outros serviços (+15,4%), serviços domésticos (11,2%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+9,9%). 

Para o Brasil, o crescimento da população ocupada foi de 4,8% em relação ao 1º trimestre de 2021. O crescimento foi resultado majoritariamente do aumento das ocupações informais. As atividades com maior aumento de ocupados foram alojamento e alimentação (+32,5%), construção (+12,7%) e comércio (+12,2%).

Rendimento

Em meio a queda da taxa de desocupação concomitante ao aumento da população ocupada, a massa salarial no Espírito Santo cresceu 7,1% no 1º trimestre de 2022 frente ao mesmo trimestre de 2021, enquanto, nessa mesma base de comparação o rendimento médio habitual de todos os trabalhos cresceu 1,0%, atingindo R$ 2.607. Para o Brasil, a queda no rendimento médio dos trabalhadores permanece, com recuo de 8,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, registrando R$ 2.548.

¹A taxa de subutilização considera as pessoas subocupadas por insuficiência de horas, desocupadas e na força de trabalho potencial sobre o total na força de trabalho mais o total na força de trabalho potencial. 

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Bruno Novais

Graduado em economia pela UFES. Atua como analista de estudos e pesquisas na Gerência de Inteligência de Dados e Pesquisas. Responsável pela execução de pesquisas primárias, criação e manipulação de bases de dados, e no auxílio em estudos econômicos-conjunturais.