No ES, taxa de desocupação mantém trajetória de redução e atinge 7,3% no 3º trimestre de 2022

O IBGE divulgou em 17 de novembro de 2022 o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua) para o Espírito Santo, referente aos meses de julho, agosto e setembro de 2022.

PUBLICADO EM 17 Nov 2022

No 3º trimestre de 2022, a taxa de desocupação do Espírito Santo recuou pelo oitavo trimestre consecutivo e registrou 7,3%. Na comparação com o 2º trimestre de 2022, a taxa reduziu 0,7 ponto percentual (p.p.) e em comparação ao 3º trimestre de 2021, recuou em 2,7 p.p..

Com mais um resultado positivo, os dados da Pnad confirmam a trajetória de geração de empregos no mercado de trabalho capixaba. Essa tendência também é verificada para o Brasil, que registrou taxa de desocupação de 8,7%, a menor desde o 4º trimestre de 2015.

Entre os estados, as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (3,8%), Mato Grosso (3,8%) e Roraima (3,9%). O Espírito Santo registrou a 11ª menor taxa desocupação (7,3%), estando abaixo da média do Sudeste (8,7%) e do Brasil (8,7%).

Em uma análise mais ampla, a taxa de subutilização, que compreende as pessoas desocupadas, subocupadas¹ e na força de trabalho potencial², reflete melhor a disponibilidade de mão de obra não absorvida ou parcialmente absorvida pelo mercado de trabalho. A taxa de subutilização do Espírito Santo reduziu 4,9 p.p. em relação ao 3º trimestre de 2021 e atingiu 15,5% no trimestre encerrado em setembro de 2022. Para o Brasil, essa taxa recuou 6,4 p.p. na mesma base de comparação, estando superior à do estado (20,1%).

Ocupação

O nível de ocupação³ do ES foi de 59,9% no 3º trimestre de 2022, variando 1,2 p.p. em relação 3º trimestre do ano anterior, valor apontado como estabilidade pelo IBGE. Ainda na comparação interanual, a variação do total de ocupados no estado cresceu 3,5%, totalizando 2 milhões de ocupados.

O número de ocupados cresceu em maior intensidade nas ocupações de empregador sem CNPJ (+70,4%) e empregado sem carteira (+10,4%). Os setores que mais expandiram o número de ocupados no 3º trimestre de 2022, na comparação interanual, foram transporte, armazenagem e correio (+19,0%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (9,2%).

A população ocupada no Brasil, por sua vez, cresceu 6,8% no 3º trimestre de 2022, se comparado com o mesmo trimestre do ano anterior. Esse crescimento foi mais expressivo nas ocupações do setor público sem carteira (+35,4%) e empregador com CNPJ (+15,7%).

Rendimento

O cenário positivo do mercado de trabalho capixaba tem provocado um aumento da massa de rendimentos de todos os trabalhos, que cresceu 10,5% no 3º trimestre de 2022, na comparação interanual. Considerando a mesma base de comparação, outro resultado positivo foi o aumento de 5,4% no rendimento médio habitual de todos os trabalhos.

O Brasil, que vinha apresentando queda no rendimento médio dos trabalhadores desde o 2º trimestre de 2021, voltou a mostrar aumento. No 3 º trimestre, o rendimento médio de todos os trabalhos cresceu 2,5% na comparação com o 3º trimestre de 2021.

¹Pessoas ocupadas que trabalhavam menos de 40 horas e estavam disponíveis e gostariam de trabalhar mais horas que as habituais.

²Pessoas que no período de 30 dias desistiu de procurar trabalho, mas gostaria de trabalhar ou que procurou trabalho, mas não poderia trabalhar devido a algum impedimento.

³O nível de ocupação é obtido pelo total de ocupados em relação a população em idade ativa.

 

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Bruno Novais

Graduado em economia pela UFES. Atua como analista de estudos e pesquisas na Gerência de Inteligência de Dados e Pesquisas. Responsável pela execução de pesquisas primárias, criação e manipulação de bases de dados, e no auxílio em estudos econômicos-conjunturais.