Produção industrial do Espírito Santo avançou 5,8% na passagem de junho para julho

O IBGE divulgou, em setembro, a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional referente a julho de 2024.

PUBLICADO EM 16 Set 2024

A produção física da indústria capixaba cresceu 5,8% na passagem de junho para julho, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o Espírito Santo registrou o segundo maior crescimento entre os 14 estados pesquisados no Brasil pelo IBGE, ficando atrás do crescimento da produção no Amazonas (6,9%).

A indústria extrativa capixaba avançou 3,2% em julho de 2024, frente ao mês anterior. Já a indústria de transformação recuou em julho (-0,7%) após registrar crescimento em junho (+4,9%). Contudo, 3 das 4 atividades da indústria de transformação cresceram na passagem de junho para julho: fabricação de produtos minerais não-metálicos (+1,5%), fabricação de celulose, papel e produtos de papel (+1,4%) e metalurgia (+1,0%). A fabricação de produtos alimentícios, por sua vez, recuou -0,8% nessa base de comparação.

Na comparação do acumulado do ano de janeiro a julho de 2024 frente ao mesmo período de 2023, a produção física da indústria capixaba avançou 1,2%, impulsionada pelos resultados positivos na indústria extrativa (1,1%) e na indústria de transformação (1,5%).

O crescimento de 1,2% na indústria extrativa capixaba nos sete primeiros meses do ano é explicado pelo aumento da produção de petróleo e gás natural (P&G) e pela ampliação da atividade de pelotização do minério de ferro. Especificamente sobre o setor de P&G, de acordo com os dados da ANP, o Espírito Santo produziu uma média de 165,9 mil barris de petróleo por dia entre janeiro e julho de 2024, valor 0,7% acima do que foi registrado no mesmo período do ano anterior. Já com relação ao gás natural, o Espírito Santo alcançou a marca de 4,1 milhões de m³ por dia nos sete primeiros meses de 2024, com um crescimento de 3,3% na mesma base de comparação.

De acordo com o IBGE, a produção de minério de ferro pelotizado ou sintetizado segue contribuindo positivamente para o crescimento da indústria extrativa no período de janeiro a julho de 2024.

A indústria de transformação cresceu 1,5% no acumulado do ano, impulsionada por três atividades: metalurgia (3,6%), fabricação de produtos alimentícios (2,4%) e fabricação de produtos de minerais não-metálicos (0,4%). A fabricação de celulose e produtos de papel foi a única atividade a contrair no período, ao registrar uma queda de  4,1%. Este recuo pode ser explicado pela parada geral da fábrica B da Suzano, em Aracruz. Em junho, a empresa finalizou a parada programada da fábrica B e em julho iniciou a parada programada da fábrica A.

Já no acumulado em 12 meses até julho, a produção física da indústria do Espírito Santo registrou um crescimento de 9,0%. A indústria extrativa acumulou uma alta de 12,6% e a indústria de transformação avançou 2,8%, nesta base de comparação.

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Nota: A Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF Regional) referente a julho foi divulgada na sexta-feira, 13 de setembro de 2024, pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Para o Espírito Santo é feito o levantamento de 29 produtos, o que gera uma cobertura de 79% da indústria geral do estado, segundo a metodologia adotada pela pesquisa.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Marcos Morais

Graduado em Ciências Econômicas pela UFRRJ e mestre em Economia pela UFES. Atua como Analista de Estudos e Pesquisas na Gerência do Observatório da Indústria. Possui interesse na área de finanças públicas e temas conjunturais.