Taxa de desocupação do Espírito Santo foi de 5,9% no primeiro trimestre de 2024

No período, a taxa de desemprego do ES foi a menor da região Sudeste e ficou abaixo da média registrada no país (7,9%)

PUBLICADO EM 17 Mai 2024

Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua/IBGE) para o Espírito Santo, referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2024, divulgados no dia 17 de maio, mostraram que a taxa de desocupação no estado ficou em 5,9% no período — patamar abaixo da média registrada no país (7,9%). 

O indicador, que mede o desemprego no estado, apesar de ter avançado 0,7 ponto percentual (p.p.) frente ao 4º trimestre de 2023, caiu 1,0 p.p. frente ao 1º trimestre de 2023, quando a taxa de desocupação do ES foi de 7,0%.

Vale destacar que a taxa de desocupação do Espírito Santo foi a menor da região Sudeste e a 7ª menor entre os estados brasileiros no primeiro trimestre de 2024. As menores taxas de desocupação foram de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%). Já as maiores foram registradas por Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%).

Com o avanço de 0,7 ponto percentual (p.p.) frente ao 4º trimestre de 2023, a taxa de desocupação do estado capixaba interrompeu a trajetória de queda iniciada no 4º trimestre de 2020, que resultou em 13 recuos consecutivos e levou ao registro da menor taxa trimestral da série histórica, quando atingiu 5,2% no último trimestre de 2023.

 

 

A taxa de subutilização, que compreende as pessoas desocupadas, subocupadas[1] e na força de trabalho potencial[2], retrata de forma mais ampla a disponibilidade de mão de obra não absorvida ou parcialmente absorvida pelo mercado de trabalho. A taxa de subutilização do Espírito Santo atingiu 11,2% no 1º trimestre de 2024, com uma redução de 0,2 p.p. em relação ao 4º trimestre de 2023. Quando comparado com o 1º trimestre de 2023 (13,8%), esse indicador registrou uma queda de 2,7 p.p.

 

População ocupada

No 1º trimestre de 2024, o nível de ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa, registrou queda de 0,3 p.p. em relação ao trimestre anterior e ficou em 60,4% no Espírito Santo. Esse nível representou cerca de 2,05 milhões de pessoas ocupadas, contingente 0,5% inferior ao do 4º trimestre de 2023 (9 mil pessoas a menos). Já em relação ao 1º trimestre de 2023, houve aumento de 4,2% (83 mil pessoas a mais).

Na passagem do 4º trimestre de 2023 para o 1º trimestre de 2024, o aumento no número de ocupados foi mais expressivo no setor de serviços domésticos (+6,2%), transporte, armazenagem e correio (+5,4%), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+4,2%) e na indústria geral (+1,2%). Já os setores que registraram queda no número de ocupados foram: informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-5,1%), construção (-3,0%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,9%), outros serviços (-2,7%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-1,3%) e alojamento e alimentação (-0,6%).

 

Rendimento

Em relação à massa de rendimento mensal das pessoas ocupadas, houve um aumento de 4,2% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 6,2 bilhões no Espírito Santo. Nessa mesma base de comparação, o rendimento médio mensal real dos trabalhadores cresceu 4,9%, saindo de R$ 2.977,00 para R$ 3.124,00.

Para o Brasil, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.123,00 no 1º trimestre de 2024. Este resultado apresentou um aumento de 1,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$3.077,00) e aumento de 4,0% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$3.004,00).

 

Informalidade

A taxa de informalidade, que representa a parcela dos trabalhadores ocupados no setor informal em relação ao total da população ocupada, chegou a 38,8% no Espírito Santo no 1º trimestre, uma elevação de 1,2 p.p em relação ao 4º trimestre de 2023. Mesmo com o acréscimo registrado, a taxa de informalidade capixaba manteve-se ligeiramente abaixo da média nacional (38,9%).

Os estados com as maiores taxas de informalidade foram Maranhão (57,5%), Pará (56,7%) e Piauí (54,9%). Por outro lado, Santa Catarina (27,4%), Distrito Federal (30,7%) e São Paulo (31,0%) registraram as menores taxas para o 1ª trimestre de 2024.

 


[1] Pessoas ocupadas que trabalhavam menos de 40 horas e estavam disponíveis e gostariam de trabalhar mais horas que as habituais.

[2] Pessoas que no período de 30 dias desistiram de procurar trabalho, mas gostariam de trabalhar ou que procuraram trabalho, mas não poderiam trabalhar devido a algum impedimento.

 

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Francisco Brunoro Jr.

Economista e Mestre em Economia pela UFES. Atua como Analista de Estudos e Pesquisas na Gerência do Observatório do Ambiente de Negócios. Possui interesse nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), Desenvolvimento Regional e Economia Comportamental.