Setor de construção no Espírito Santo segue desaquecido em abril

A sondagem do mês de abril mostrou que os impactos econômicos causados pela pandemia de Covid-19 provocaram um desaquecimento na indústria de construção capixaba e uma baixa expectativa de crescimento para os próximos seis meses entre os empresários do setor.

Atividade industrial

Embora o setor da construção tenha sentido uma queda mais forte em março, os índices do nível de atividade e do número de empregados estão abaixo da linha de 50 pontos, o que reflete uma queda da atividade industrial no mês de abril em relação ao mês anterior.

Em abril de 2020, o índice de evolução do número de empregados (33,8 pontos) registrou o menor valor para a série mensal desde abril de 2015. A utilização da capacidade de operação (UCO) segue baixa na indústria de construção capixaba. Mesmo com o aumento 6,0 pontos percentuais na passagem de março para abril, a UCO ficou em 55,0% de acordo com a sondagem de abril.

Expectativas

Os efeitos causados pela pandemia de Covid-19 permanecem influenciando os índices de expectativas em maio. Ao se situarem abaixo da linha de 50 pontos, esses indicadores refletem o pessimismo dos empresários capixabas da construção para os próximos seis meses.

Após o índice de expectativa do nível de atividade atingir o menor valor para a série mensal em abril (22,7 pontos), esse indicador foi o que mais aumentou em maio (10,1 pontos) e registrou 33,8 pontos. Esse aumento sugere uma reavaliação das expectativas após o susto inicial de abril com os desdobramentos da atual pandemia. Ainda assim, o cenário é de pessimismo.

A elevada incerteza também é sentida na baixa intenção de investimento do empresário capixaba da construção. Em maio, 6 em cada 10 empresários que participaram da sondagem afirmaram que provavelmente não investirão nos próximos seis meses.