Em abril de 2019, produção industrial capixaba recuou 18% na comparação com abril de 2018
O IBGE divulgou nesta terça-feira, 11 de junho, o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) referente ao mês de abril de 2019.
Resultados
Em abril de 2019, a produção industrial brasileira recuou 3,9%, com destaque para as quedas observadas nos estados do Pará (-31,0%), Espírito Santo (-18,0%) e Minas Gerais (-10,9%), que comungam entre si as consequências do rompimento da barragem de rejeitos ocorrido em janeiro de 2019. Estes dados reforçam a preocupação em torno da trajetória do setor industrial no período recente.
No caso específico do Espírito
Santo, o recuo de 18,0%
do setor industrial é
explicado pelo decréscimo na
produção das indústrias
extrativas (-28,6%) e pela redução da produção da indústria de
transformação (-7,3%), reflexo da queda observada no setor de celulose, papel e
produtos de papel (-32,7%) e
do recuo da produção de produtos alimentícios (-6,4%).
O setor de minerais não-metálicos, único com resultado positivo, cresceu 10,0% na comparação entre abril de 2019 e abril de 2018, puxado por ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica, granito talhado ou serrado e massa de concreto.
No período de janeiro a abril de
2019 em relação ao mesmo período do ano anterior, a produção industrial
nacional recuou 2,7%, com destaque, mais uma vez, para os estados em que a
indústria extrativa possui uma participação importante: Espírito Santo (-10,3%),
Pará (-7,8%) e Minas Gerais (-4,8%).
Com essa queda de 10,3%, o estado capixaba apresentou o pior desempenho da atividade industrial no primeiro quadrimestre do ano entre todos os estados pesquisados. Novamente, as indústrias extrativas (-14,7%) e de transformação (-5,8%) apresentaram queda, com destaque para redução de 32,3% na produção de celulose, papel e produtos de papel. Somente o setor de minerais não-metálicos acumulou alta no período (+11,6%).
11 Jun
notas conjunturais | pimpf-regional (jun/2019) |
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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria
Antônio Pella
Economista e Mestre em Economia (UFES). Membro do Grupo de Pesquisa em Econometria (GPE). Analista de Estudos e Pesquisas do Observatório da Indústria, tem interesse nas áreas de macroeconomia e econometria