Indústria capixaba acumula queda de 1,3% e Brasil cresce 1,5% entre janeiro e novembro de 2018

Em novembro de 2018, a produção industrial do Espírito Santo apresentou retração de 0,8%, em comparação com outubro, na série com ajuste sazonal. Esse resultado reverteu o ganho de ritmo de crescimento que o estado havia apresentado nos dois meses antecedentes, com 1,8% em outubro de 2018 e 0,7% em setembro de 2018. No acumulado de janeiro a novembro de 2018, a indústria capixaba apresentou perdas de 1,3%, enquanto o Brasil cresceu 1,5%.  


No Brasil, a indústria também apresentou perda de ritmo em novembro de 2018, registrando crescimento de 0,1% em relação ao mês imediatamente anterior. Na comparação entre novembro de 2018 e novembro de 2017, o resultado para o Brasil foi negativo em 0,9%, enquanto para o Espírito Santo a indústria geral apresentou uma taxa de crescimento de 4,1%, com destaque para a indústria extrativa que cresceu 3,5% puxada pela produção dos minérios de ferro pelotizados ou sinterizados. 

Em 2018, vários fatores contribuíram para o baixo desempenho da indústria, a citar: a greve dos caminhoneiros, a lenta recuperação do mercado de trabalho e as incertezas eleitorais.

Entre janeiro e novembro de 2018, a indústria de transformação capixaba acumulou uma retração de 2,9%, puxada pelo setor de minerais não-metálicos (-14,1%), com perdas observadas nas atividades de granito talhado, cimentos e concretos, e pelo setor de celulose, papel e produtos de papel, que apresentou desaceleração de 6,1%. Responsáveis pelas taxas positivas dentro da indústria de transformação, os setores de alimentos e metalurgia apresentaram crescimento de 3,9% e 1,3%, respectivamente.

No Brasil, as expectativas são de que a indústria caminha para fechar 2018 com um crescimento inferior aos 2,6% observados em 2017. Para o Espírito Santo, o cenário também está distante da taxa de crescimento alcançada no ano anterior, de 1,7%. Contudo, a perspectiva para 2019 é positiva, de aumento no ritmo de produção, mas o tamanho do crescimento dependerá do desempenho da economia como um todo.

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Vanessa Avanci

Economista, doutora em Economia pela UFF. Analista sênior do Observatório do Ambiente de Negócios, escreve sobre conjuntura econômica e atua realizando estudos e pesquisas sobre a indústria, comércio exterior, produtividade e inovação.