No ES, criação de novos postos de trabalho formal reduz em julho de 2022
O ministério do Trabalho e Previdência divulgou nesta segunda-feira (29/08/2022) as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de julho de 2022.
De acordo com os dados do Novo Caged, o mercado de trabalho capixaba registrou saldo positivo de 27 postos formais em julho de 2022. O número de admitidos no mês foi de 36.865, enquanto os desligados somaram 36.838.
Após registrar abertura expressiva de vagas formais em todos os meses do ano, acumulando 32.618 novas vagas de emprego formal em 2022, o Espírito Santo criou no mês de julho apenas 27 novas vagas de trabalho frente as 2.973 do mês anterior. O recuo na abertura de emprego foi impactado, principalmente, pelo expressivo fechamento de 2.620 postos na agropecuária.
Para o Brasil, o saldo de empregos formais registrado em julho foi de 218.902 novos postos, contabilizando 1,5 milhão de vagas celetistas no ano. Todos os estados brasileiros apresentaram saldo positivo no mês de julho, contribuindo com o resultado nacional. Entre os estados que mais criaram novas vagas de empregos formais, destacam-se São Paulo (+67.009), Minas Gerais (+19.060), Paraná (+16.090) e Rio de Janeiro (+13.434). O Espírito Santo teve o menor desempenho entre os estados na criação de novos postos de trabalho formal, ao registrar apenas 27 novas vagas.
Análise setorial
Apesar do reduzido número de vagas criadas, no Espírito Santo, quatro dos cinco grandes setores econômicos apresentaram abertura de vagas celetistas em julho: serviços (+1.281), comércio (+459), indústria (+369) e construção (+511). Contudo, foi o setor de agropecuária o principal responsável pelo recuo na abertura de emprego ao fechar 2.620 postos de trabalho no mês.
O resultado negativo na agropecuária se deve à fase final da colheita de café no estado, uma vez que a atividade de cultivo do grão foi responsável pelo fechamento de 2.031 vagas formais em julho.
Por sua vez, o setor de serviços foi o que mais contratou em julho, sendo beneficiado, principalmente, pelas vagas abertas nas atividades de serviços de escritório e apoio administrativo (+284), seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra (+238), serviços de arquitetura e engenharia (+169) e serviços de transporte terrestre (+161). No comércio, a abertura de vagas foi mais intensa no comércio varejista de produtos alimentícios (+141), comércio atacadista de produtos de consumo não-alimentar (+86) e comércio de peças e acessórios para veículos automotores (+76).
Já o setor industrial foi positivamente impactado pelas atividades da indústria da transformação, que juntas criaram 372 novos postos de trabalho formal no mês. As atividades da indústria da transformação que se destacaram no mês foram as de manutenção, reparação e instalação de maquinas e equipamentos (+190), fabricação de veículos automotores, reboques e carroceria (+121) e fabricação de produtos alimentícios (+70).
Municípios do ES
Entre os 25 municípios capixabas com mais de 30 mil habitantes, foi observada a criação de emprego formal em 12 deles no mês de julho. Os municípios com o maior número de novas contratações foram Serra (+716), Vitória (+363) e Vila Velha (+334). Nos três municípios, o setor de serviços foi predominante na abertura de vagas, criando 244 postos em Vitória, 379 vagas em Serra e 179 empregos formais em Vila Velha.
Em contrapartida, os municípios de Sooretama (-474), Linhares (-444) e Jaguaré (-380) registraram as maiores perdas de vagas celetistas em julho de 2022. Nos três municípios, o setor agropecuário foi responsável pela maior parte do encerramento de vagas no mês, fechando, respectivamente, 356, 345 e 371 postos na atividade de cultivo de café.
Acompanhe mês a mês no painel abaixo, de forma dinâmica e interativa, a quantidade de empregados admitidos e desligados, além do saldo de postos de emprego com carteira assinada para o Espírito Santo e municípios do ES.
14 Out
notas conjunturais | caged-es (jul/2022) |
Leia também
Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria
Grazielly Rocha
Graduada em Ciências econômicas pela UFES com experiência em manipulação de dados, modelagem e indicadores de mercado de trabalho e educação. Atua como Analista de Estudos e Pesquisa na Gerência de Inteligência de Dados e Pesquisas.