No ES, taxa de desocupação recua e informalidade continua a crescer no segundo trimestre de 2019
Queda da taxa de desocupação
No
segundo trimestre
do ano,
cerca de 239,4 mil
pessoas estavam
a procura de trabalho no Espírito Santo. Este número representou uma taxa de
desocupação de 10,9% da população capixaba na força de trabalho. Essa taxa é menor que a registrada para o Brasil (12,0%) e para a
média da região sudeste (12,4%). No estado, a taxa de desocupação reduziu em
1,2 p.p.
em relação ao primeiro trimestre do ano e 1,1 p.p. em relação ao segundo trimestre
de 2018.
Informalidade
O aumento da informalidade é um movimento que vem sendo notado para o Espírito Santo e segue a tendência nacional. A trajetória de avanço da informalidade na composição da variação da população ocupada é notada a partir de 2017. O crescimento de 5,8% da população ocupada no segundo trimestre de 2019 foi puxado pela intensificação da informalidade (3,6%) e pelo crescimento de 2,2% nos empregos formais.
No estado, o aumento de 12,0% no total de trabalhadores por conta própria
(crescimento
de 30,7%
para
aqueles com CNPJ), bem como o aumento de 16,5% de ocupados em serviços domésticos
(com
alta de 26,7%
para
aqueles com carteira
assinada), bem acima do crescimento apresentado na média brasileira de, respectivos, 5,0% e 0,7%, evidenciam a natureza dos postos de trabalho criados no estado.
Subutilização da força de trabalho
O total de pessoas desocupadas, subocupadas, desalentadas (que deixaram de procurar trabalho) e não desalentadas expressa a subutilização da força de trabalho. No estado, foram 423,8 mil pessoas nesta situação, equivalendo a 18,7% da população na força de trabalho ampliada. Este valor compreende a taxa composta de subutilização da força de trabalho. Apesar da redução de 1 p.p. desta taxa, na comparação com segundo trimestre de 2018, puxada pela redução do número de desocupados, fica evidente o aumento da participação dos subocupados (0,2 p.p.) e da força de trabalho potencial (0,2 p.p.). Esta última impulsionada em maior proporção pelo aumento dos desalentados que cresceu em 6% no período, enquanto os não desalentados apresentaram redução de 7%.
O aumento da população subocupada e desalentada reflete um cenário preocupante do mercado de trabalho, não captado completamente pela taxa de desocupação.
21 Ago
notas conjunturais | PNAD continua-trimestral (jun/2019) |
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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria
Suiani Febroni
Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.